segunda-feira, 20 de junho de 2016

"Solidariedade federativa" garantiu renegociação de dívidas, dizem governadores

"Solidariedade federativa" garantiu renegociação de dívidas, dizem governadores Wilson Dias / Agência Brasil/Agência Brasil


O acordo firmado entre Estados e União para renegociação das dividas só conseguiu a aprovação por "solidariedade federativa", segundo afirmação de alguns governadores. Na proposta, acertada nesta segunda-feira, os Estados conseguiram alongar as dívidas estaduais com a União por mais 20 anos e também e suspender o pagamento das parcelas mensais de dívidas até dezembro de 2016.


De acordo com o governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), prevaleceu a compreensão com os Estados com as maiores dívidas: Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

— A ideia é que todos os Estados possam colaborar nesse momento com o pacto federativo. Por mais que alguns tenham mais vantagem que outros, vamos separar as situações entre os Estados, pois todos estamos juntos — disse Taques, após o fim da reunião sobre o tema com o presidente interino Michel Temer.

O mesmo argumento foi usado pelo governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), para quem a "solidariedade federativa" vai ajudar os entes federativos a sair do buraco nas contas públicas.

— Essa solidariedade federativa vai permitir a melhoria do ambiente econômico do país, com benefícios para todas as unidades da Federação e com o aumento da arrecadação da União e dos Estados — afirmou.

O acordo firmado nesta segunda-feira garantirá que a carência no pagamento das parcelas, até o fim do ano, atinja todas as unidades da Federação, com exceção de São Paulo. Pela proposta, será criada uma faixa de retenção, que, no caso de São Paulo, será de R$ 400 milhões. A "trava" fará com que o Estado deposite mensalmente R$ 900 milhões de sua dívida de R$ 1,3 bilhões.

No fim da reunião, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), reconheceu que o Estado foi o menos beneficiado e que o acordo ficou "dentro do possível".

domingo, 19 de junho de 2016

Comando de greve do Cpers avalia proposta do governo nesta segunda

Comando de greve do Cpers avalia proposta do governo nesta segunda Fernando Gomes/Agencia RBS

Às 14h desta segunda-feira, o comando de greve do Cpers se reúne para avaliar a proposta apresentada pelo governo do Estado. O documento, que objetiva o retorno das aulas, foi entregue aos educadores na última sexta-feira, em uma reunião que contou com a presença dos secretários Luís Antônio Alcoba de Freitas (Educação) e Carlos Búrigo (Secretaria-Geral de Governo), além do líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (PMDB).


Ainda na sexta-feira, a proposta foi distribuída aos 42 núcleos do sindicato no Rio Grande do Sul — em cada um deles, o texto é discutido, e a avaliação, comunicada ao comando de greve. O fim da paralisação só é decretado por meio de assembleia geral, instância máxima da categoria, que é chamada quando há uma interpretação de que as negociações chegaram ao limite ou a proposta do Executivo agrada os professores