Cuba
era Fidel Castro. Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, a notícia de sua
morte esvaziou festas e ruas, apagou sorrisos e paralisou a ilha moldada à sua
imagem durante meio século. "Estávamos trabalhando no hotel quando Raúl
deu a notícia pela televisão e todo mundo ficou impactado, foi um momento muito
triste", contou Yaimara Gómez, funcionária do Hotel Presidente, em Havana.
•
Leia mais sobre a morte de Fidel Castro
Sem
qualquer preâmbulo, o presidente cubano, irmão caçula do lendário líder da
Revolução Cubana que triunfou em 1959, apareceu na televisão quando muitos
dançavam, bebiam, flertavam e celebravam com amigos na murada do Malecón, a
mítica avenida à beira-mar de Havana, ou simplesmente dormiam. "Com
profunda dor compareço para informar ao nosso povo e aos amigos da América e do
mundo que hoje, 25 de novembro, às 10h29min da noite, morreu o
comandante-em-chefe da Revolução Cubana Fidel Castro", disse Raúl com a
voz emba
Notícias
>> Internacional26/11/201612:35 Atualização: 13:24
Cuba
lamenta sua orfandade com a morte de Fidel Castro
Cinzas
do líder cubano percorrerão parte da ilha em uma caravana
Cuba
era Fidel Castro. Pouco antes da meia-noite de sexta-feira, a notícia de sua
morte esvaziou festas e ruas, apagou sorrisos e paralisou a ilha moldada à sua
imagem durante meio século. "Estávamos trabalhando no hotel quando Raúl
deu a notícia pela televisão e todo mundo ficou impactado, foi um momento muito
triste", contou Yaimara Gómez, funcionária do Hotel Presidente, em Havana.
•
Leia mais sobre a morte de Fidel Castro
Sem
qualquer preâmbulo, o presidente cubano, irmão caçula do lendário líder da
Revolução Cubana que triunfou em 1959, apareceu na televisão quando muitos
dançavam, bebiam, flertavam e celebravam com amigos na murada do Malecón, a
mítica avenida à beira-mar de Havana, ou simplesmente dormiam. "Com
profunda dor compareço para informar ao nosso povo e aos amigos da América e do
mundo que hoje, 25 de novembro, às 10h29min da noite, morreu o
comandante-em-chefe da Revolução Cubana Fidel Castro", disse Raúl com a
voz embargada.
Por
muitos anos, a notícia falsa da morte de Fidel Castro causou comoção dentro e
fora de Cuba. Mas desta vez não houve sequer um rumor: Fidel morreu sob
absoluta reserva, provavelmente em sua casa, em Havana, no mesmo ano de seu nonagésimo
aniversário. Até as primeiras horas deste sábado, ninguém sabia as
circunstâncias da morte, apenas a vontade do líder de ser cremado.
Suas
cinzas percorrerão parte da ilha em uma caravana que se estenderá por quatro
dias e terminará com o sepultamento em 4 de dezembro na cidade de Santiago de
Cuba (960 km ao leste de Havana). "Perder Fidel é como perder um pai, o
guia, o farol desta revolução", disse Michel Rodríguez, um padeiro de 42
anos, que soube da notícia pela rádio, com seu estabelecimento ainda aberto. Em
homenagem, Cuba celebrará nove dias de luto.
Quietude
atípica
Pouco
a pouco, o silêncio foi calando a festa e o barulho permanente em Havana. Os
meios de comunicação cubanos, que por iniciativa de Fidel passaram, todos, às
mãos do Estado nos anos 1960, demoraram a reagir à notícia. Todos pareciam em
choque.
O
jornal Granma, o órgão oficial do Partido Comunista de Cuba (PCC), demorou
quase cinco horas para atualizar sua primeira página com a notícia que se
espalhou pelo mundo. As ruas e o Malecón estavam vazios, a polícia fechou o
acesso à Praça da Revolução. Marco Antonio Díaz, um lavador de carros de 20
anos, estava em uma festa quando, de repente, a música parou. Ouviu dizer
"Fidel morreu". A festa acabou repentinamente. "Voltei para casa
e acordei todo mundo: Fidel morreu. Minha mãe ficou pasma", contou à AFP.