sábado, 28 de fevereiro de 2015

A categoria capaz de parar todo um país



Marcos Fonseca
Poucas categorias de trabalhadores têm tanto poder nas mãos que os caminhoneiros. Talvez nem mesmo eles soubessem disso: unidos, podem parar o país. É isso que está se vendo hoje. Bastou estacionarem os caminhões ao longo das rodovias para o Brasil praticamente parar. De combustível a alimentos, mercadoria nenhuma chega ao seu destino, já que 80% de tudo toda a produção nacional viaja via rodoviária. O resultado é o desabastecimento generalizado em muitas cidades. Greve de caminhoneiros não é coisa nova no país. Sempre houve. Mas a dimensão do atual movimento, que já dura uma semana, começa a surpreender especialistas políticos e econômicos. Há quem diga que o protesto já se iguala à onda de manifestações que tomaram as ruas em 2013.
Só que o ato dos motoristas tem um efeito mais forte sobre a economia nacional. “Eles realmente têm a capacidade de parar o Brasil”, afirma o cientista político e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Dejalma Cremonese. O modal rodoviário, em detrimento do trem e dos navios, foi adotado há 60 anos e, hoje, mostra-se ultrapassado. “É um modelo muito atrasado e errado”, aponta o cientista político.
A greve que provoca bloqueios nas estradas é para protestar contra o último reajuste dos combustíveis, especialmente do óleo diesel. A elevação do preço fez o lucro dos motoristas autônomos minguar. Os donos das mercadorias não desejam aumentar o valor pago pelo frete, pois isso afetaria a concorrência. Quem acaba pagando a conta do prejuízo é o caminhoneiro.
Cremonese diz que a instabilidade política, econômica e social neste começo de 2015 é a maior dos últimos 20 anos. Ao mesmo tempo, observa-se um distanciamento das autoridades com relação aos anseios da sociedade. “Contrariamente do que a sociedade quer num momento de crise, a classe política dá as costas ao povo”, observa.

Na análise do cientista político, a euforia dos 12 anos do governo do PT começa a diminuir. Os incentivos para que a população comprasse casa e carro novos geraram o endividamento dos brasileiros. Muitos não conseguem pagar as contas. É o que está acontecendo com os caminhoneiros.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Aneel aprova aumento de até 39,5% para contas de luz



A partir da próxima segunda-feira, a conta de luz vai ficar mais cara para consumidores atendidos por 58 concessionárias. A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é de aumento médio de 23,4%.
Os maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).
Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.
Também começam a valer na semana que vem os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.
Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu - por causa da falta de chuvas -, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.

— No ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto — explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Suspeita de abuso contra uma menina de 2 anos em São Vicente do Sul

 No início desta semana uma criança de 2 anos de idade foi levada pela mãe, para atendimento médico no hospital de São Vicente. A menininha chorava muito e quando a mãe foi dar banho notou que havia uma lesão na região vaginal e um forte cheiro. O médico que a atendeu confirmou a lesão e suspeitou de abuso sexual. A mãe relatou que a menina teria ficado aos cuidados do pai durante o final de semana e após foi deixada por ele na creche. Mãe e filha residem numa casa juntamente com um casal, sendo que o morador é quem fica com a criança na ausência da mãe. O caso será investigado.

Nesta semana também foi registrado um caso de estupro no mesmo município. A mãe de uma menina de 12 anos disse que sua filha foi estuprada por um rapaz de 20. No entanto, a garota defende o acusado, dizendo que foi ela quem quis. 

Fonte: Nova Pauta

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Câmara aprova projeto que criminaliza venda de bebidas a menores de 18 anos



A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira, projeto de lei do Senado, que torna crime a venda de bebidas alcóolicas para menores de 18 anos. 

O projeto prevê detenção de dois a quatro anos e multa de R$ 3 mil a R$ 10 mil pelo descumprimento da proibição. Como o texto já havia sido aprovado no Senado e não foi alterado na votação dos deputados, ele segue agora à sanção presidencial.

O projeto aprovado altera a o Estatuto da Criança e do Adolescente para tornar crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou adolescente, bebida alcóolica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.

O texto estabelece como medida administrativa a interdição do estabelecimento comercial até o recolhimento da multa.

O dia foi de protesto na 287 em São Vicente do Sul


Caminhoneiros de São Vicente fecharam  no início da manhã hoje  a BR 287 em frente ao posto BR próximo ao trevo de acesso a São Vicente do Sul. O protesto tem  objetivo de tentar forçar o governo a reduzir o preço dos combustíveis, e melhorar as condições de trabalho, inclusive em relação a valorização da categoria, além de combater a corrupção. A mobilização  faz parte do movimento   que acontece  em todo País.  Panfletos foram distribuídos pelos organizadores do manifesto, os motoristas de caminhões tiveram que ficar parados por uma hora no posto e a cada 5 minutos o trânsito era liberado para carros. Não foi registrado nenhum incidente.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

MP apreende documentos em Prefeitura de Cacequi

Nesta terça-feira, 24, a Promotoria de Justiça de Cacequi e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriram um mandado de busca e apreensão na Prefeitura da cidade. A investigação é sobre possíveis fraudes a licitações lançadas nos últimos quatro anos. 

Os certames investigados são relativos a contratações de fornecedores para a realização serviços no município, como obras públicas. Foram apreendidos documentos, procedimentos licitatórios e notas de empenho. De acordo com a Promotoria de Justiça, alguns documentos não foram localizados durante o cumprimento dos mandados
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Justiça determina liberação de rodovias de outras três regiões gaúchas



Além de Pelotas, outras três regiões receberam, nesta terça-feira, decisões judiciais que determinam a desobstrução dos acostamentos e leitos de rodovias federais gaúchas ocupados por caminhoneiros. As decisões abrangem as BRs 386 e 468 (Palmeira das Missões); 285 (Passo Fundo), 472 (Santa Rosa); 293, 116 e 392 (Pelotas). Em todos os casos, cabe recurso.

No caso de Pelotas, a ação de reintegração de posse foi ajuizada na noite de segunda-feira pela Advocacia Geral da União (AGU) contra o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Rio Grande e outras pessoas. Já nas ações de Passo Fundo, Santa Rosa e Santa Vitória do Palmar, o autor é o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat/RS).

Conforme o Sindilat, a manifestação tem provocado diversos prejuízos para as operações de empresas associadas, que ficam impossibilitadas de realizar o transporte livre e desimpedido de insumos e mercadorias, muitos dos quais perecíveis.
Em sua decisão, o juiz Rafael Castegnaro Trevisan destacou que, independentemente de os manifestantes terem ou não razão em seu protesto, cabe ao Estado proporcionar a todos esta liberdade de ir e vir:
— Se o Poder Executivo não está garantindo este direito, cabe a este Juízo, na esfera jurisdicional, fazê-lo, pois vivemos em um estado de direito em que as leis devem garantir a todos mínimas prerrogativas, entre os quais o direito de livremente circular, trabalhar e produzir.
Justiça não interfere em protesto na BR-386, em Sarandi

Dentre os municípios que compõem a jurisdição da 1ª Vara Federal de Carazinho, somente a BR-386, no município de Sarandi, estaria afetada pelas manifestações na região. Por isso, a Justiça teria decidido não intervir no protesto.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O povo irá aderir aos protestos?



Marcos Fonseca
Os protestos de rua estão de volta. Dessa vez, não é somente o aumento da passagem de ônibus que está provocando descontentamento de muitos brasileiros. O aumento dos combustíveis e da energia elétrica, com reflexo nos preços em geral, levou ontem caminhoneiros a bloquear rodovias. O principal ato previsto para os próximos dias é o que pedirá o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), programado para 15 de março.
Santa Maria também está inserida nesses protestos. A dúvida é: será que a população vai mesmo sair às ruas? Para especialistas, não há uma resposta concreta. A adesão dos santa-marienses é, ainda, mais incerta, já que a cidade não enfrenta demissões por conta da crise na indústria.
O professor e cientista política José Carlos Martines, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), diz que os protestos são legítimos face aos aumentos de preços em geral. Ele acredita que há um pessimismo muito grande por parte da população, algo que não se via desde 1994, quando do lançamento do Plano Real. “O brasileiro está se sentindo um pouco enganado. O clima está péssimo no país”, observa.
Conforme Martines, sabia-se que a economia nacional precisaria passar por ajustes para continuar a crescer. Porém, na época da eleição, não se tinha ideia do impacto das medidas, que agora se revelam pesadas para o bolso do trabalhador. “É um desafio muito grande para um governo que inicia um mandato”, afirma. O cientista político acredita que um impeachment, neste momento, pode não ser o ideal. A queda de Dilma poderia levar o país a viver conflitos de rua até mesmo violentos. “Espero uma solução pacífica”, aponta.

Empregos - Sob o ponto de vista econômico, o que arrefece os protestos é que o país não enfrenta uma onda de desemprego. O professor de Economia Mateus Frozza, do Centro Universitário Franciscano (Unifra), destaca que a credibilidade de um governo se dá pelo controle de preços e manutenção dos empregos. “Ainda existem empregos”, analisa.
No atual cenário, não há, na visão de Frozza, clima para protestos no país. Em Santa Maria, especialmente, que não depende da indústria e, sim, do comércio, o ambiente é menos favorável a manifestações de rua. A questão estaria mais latente nas redes sociais, mas não na cabeça dos jovens.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Caminhoneiros bloqueiam rodovias em quatro Estados, incluindo RS

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Em protesto contra a alta dos preços dos combustíveis, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, caminhoneiros bloquearam parcialmente ao menos 38 pontos em rodovias estaduais e federais do Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul neste domingo. Caminhões de carga, exceto cargas vivas, de ração e de leite, estão parados nos acostamentos.

De acordo com as polícias rodoviárias, mesmo com o protesto, os demais veículos não enfrentam problemas nas estradas, já que o bloqueio é parcial.
A intenção é que o movimento, que começou na quarta-feira no Paraná e em Santa Catarina, seja expandido para o resto do país ao longo da semana, de acordo com Tobias Brombilla, diretor da Associação dos Caminhoneiros de Rodeio Bonito (RS).
— O setor de transporte de carga está passando por uma crise histórica, sem que os caminhoneiros consigam ter retorno — afirmou.
No Rio Grande do Sul, caminhoneiros realizaram protestos pacíficos em três rodovias do Estado. Em Seberi, no km 51 da BR-386, a ação teve início pouco depois das 7h, e durante todo o dia o trânsito ficou lento na região, sendo totalmente liberado apenas às 17h. A fila de veículos em ambos os acostamentos da via chegou a um quilômetro.