Em
assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, os docentes da Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram a greve da categoria a partir de
terça-feira.
Já
chegam a 15 prédios ocupados na UFSM
A
decisão pela antecipação da mobilização, anteriormente marcada para começar na
sexta-feira, contou com a participação de 260 professores na plenária.
Centro
de Educação Física e Desporto da UFSM é ocupado
De
acordo com o presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, Julio Quevedo,
a greve é por tempo indeterminado até que a Projeto de Emenda Constitucional
(PEC) 55, que prevê o congelamento dos gastos públicos em saúde e em educação
por 20 anos, seja retirado da votação no Senado.
–
Já entregamos o documento à reitoria e devemos intensificar as atividades a
partir de segunda-feira. Essa não é uma greve por salários, é uma greve por
direitos, de luta em defesa pela educação, pela saúde e contra a reforma da
previdência – afirmou Quevedo.
Na
sexta-feira, um ato público está previsto para acontecer, mas a programação
ainda não foi divulgada.
Movimento
contra a PEC 55 ganha força
A
decisão dos docentes, soma-se, agora, à mobilização dos técnico-administrativos
em Educação, em greve desde 3 de novembro, e dos estudantes da UFSM, que
ocupam, até esta sexta-feira, 15 prédios na instituição desde o dia 8.
As
três mobilizações são contrárias à PEC 55, à Reforma do Ensino Médio e à
reforma da Previdência Social, além da PLC 54, que renegocia dívidas dos
estados.
UFRGS
e Furg também entraram em greve
Na
quinta-feira, os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) decidiram, em assembleia, paralisar as atividades por tempo
determinado. O protesto também é pela retirada da PEC do teto dos gastos
públicos, e da medida provisória (MP) 746, que institui a reforma do Ensino
Médio.
A
greve terá início na terça-feira, após cumprimento de 72 horas de intervalo
determinadas pela legislação. O prazo para que chegue ao fim é 13 de dezembro,
data até a qual deve ter ocorrido a votação da PEC, mas o movimento pode ser
reavaliado.
Nesta
sexta-feira, foi o primeiro dia de paralisação dos professores da Universidade
Federal de Rio Grande (Furg). Aproximadamente 800 professores aderiram à
paralisação, mas a programação da greve ainda não foi divulgada pela categoria.
Antes
de decidirem em assembleia que iriam entrar em greve, os professores já haviam
demonstrado apoio ao movimento de funcionários técnico-administrativos da
universidade, que já estão paralisados há quase um mês. A paralisação, tanto
dos professores quanto dos funcionários, é um protesto contra a PEC-55.
Fonte: Diário de Santa Maria