quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Miriam Leitão anuncia a nova taxa de juros pelo Copom


Nesta pequena análise, intitulada "O mal-estar no Copom", a jornalista Miriam leitão avisa que o descontrole fiscal do governo Dilma é inédito e perdulário. Leia tudo:

Difícil imaginar um banqueiro central confortável na reunião do Copom que termina hoje. O índice oficial de inflação está em 6,5%, no teto de uma meta (4,5%) que já é alta. Há uma série de ajustes tarifários a serem feitos, e o governo começa a falar em novo aumento dos combustíveis em 2014.
O lago represado da inflação, diferentemente das hidrelétricas, está cheio. Seria motivo suficiente para aumentar o juro. Mas isso não deve ocorrer, apontam os especialistas. Itaú, Bradesco, Santander e HSBC são exemplos de instituições que cravam a manutenção da taxa em 11% ao fim do encontro. Isso porque o país está em recessão, nos confirmou semana passada o IBGE. São dois trimestres seguidos de encolhimento da economia; nos últimos quatro períodos, três foram de recuo no PIB.


Em julho, o fiscal completou o terceiro mês seguido gastando mais do que arrecada. O descontrole é inédito. Perdulário, o governo prejudica a eficácia do juro em conter a sanha inflacionária. Pela projeção do Bradesco, o IPCA de agosto a ser divulgado na sexta-feira deve voltar a romper o teto em 12 meses, a 6,53%. É um momento desconfortável para arbitrar os juros.  

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