sábado, 7 de março de 2015

Saiba quem são os políticos citados pela Operação Lava-Jato


Aguardada com ansiedade por todo o Brasil desde que estourou o escândalo de corrupção na Petrobras, a lista de políticos suspeitos de participar da fraude foi divulgada na noite desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura de 21 inquéritos que vão investigar políticos reunidos em uma lista, que inclui 12 senadores e 22 deputados (sem contar políticos que não tem mais mandato). 

Ao todo, 47 políticos passarão a ser investigados a partir de agora e, se denunciados, serão julgados pelo STF: 32 do PP, 7 do PMDB, 6 do PT, 1 do PSDB e 1 do PTB. Na relação, há seis políticos do Rio Grande do Sul, todos ligados ao PP: os deputados Afonso Hamm, José Otávio Germano, Jerônimo Goergen, Luiz Carlos Heinze e Renato Molling e o ex-deputado Vilson Covatti. Além destes, o possível envolvimento do ex-ministro Antônio Palocci será investigado pelo tribunal de origem. O lobista Fernando Baiano, e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, também serão investigados.

Teori também acatou outros sete pedidos de arquivamento feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. 


Políticos que já tinham inquérito aberto pelo STF:


PTB
Fernando Collor de Mello (senador por Alagoas)

Políticos que serão investigados a partir de agora:

PP
Afonso Hamm (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba)
Aline Lemos Correa de Oliveira Andrade (ex-deputada por São Paulo)
Arthur Cézar Pereira de Lira (deputado por Alagoas)
Benedito de Lira (senador por Alagoas)
Carlos Magno (ex-deputado por Rondônia)
Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)
Dilceu João Sperafico (deputado pelo Paraná)
Eduardo da Fonte (deputado por Pernambuco)
Gladson de Lima Cameli (senador pelo Acre)
Jerônimo Goergen (deputado pelo Rio Grande do Sul)
João Leão (ex-deputado pela Bahia e vice-governador
João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)
José Linhares (ex-deputado pelo Ceará)
José Otavio Germano (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Lazaro Botelho Martins (deputado por Tocantins)
Luiz Argôlo (ex-deputado pela Bahia, deixou o PP em 2013, filiado ao Solidariedade)
Luiz Carlos Heinze (deputado pelo Rio Grande do Sul)
Luiz Fernando Faria (deputado por Minas Gerais)
Mário Sílvio Mendes Negromonte (ex-ministro e ex-deputado pela Bahia)
Missionário José Olímpio (deputado por São Paulo)
Nelson Meurer (deputado pelo Paraná)
Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)
Pedro Henry (ex-deputado pelo Mato Grosso)
Renato Mölling (deputado por Rio Grande do Sul)
Roberto Egídio Balestra (deputado por Goiás)
Roberto Pereira de Britto (deputado pela Bahia)
Roberto Teixeira (ex-deputado por Pernambuco)
Sandes Jr. (deputado por Goiás)
Simão Sessim (deputado pelo Rio de Janeiro)
Vilson Covatti (ex-deputado pelo Rio Grande do Sul)
Waldir Maranhão (deputado por Maranhão)​

PMDB
Aníbal Ferreira Gomes (deputado pelo Ceará)
Edison Lobão (senador pelo Maranhão e ex-ministro)
Eduardo Cunha (deputado pelo Rio de Janeiro e atual presidente da Câmara Federal)
Renan Calheiros (senador por Alagoas, atual presidente do Senado)
Romero Jucá (senador por Roraima)
Roseana Sarney (ex-senadora e ex-governadora pelo Maranhão)
Valdir Raupp (senador por Rondônia)

PT
Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)
Gleisi Hoffmann (senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil)
Humberto Costa (senador por Pernambuco e ex-ministro)
José Mentor (deputado por São Paulo)
Lindbergh Farias (senador pelo Rio de Janeiro)
Vander Loubet (deputado por Mato Grosso do Sul)

Também serão investigados Fernando Baiano, que seria o operador do PMDB no esquema, e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT que receberia dinheiro. 

Políticos que tiveram processos arquivados (não serão investigados):

PSDB
Aécio Cunha Neves (senador por Minas Gerais)

PMDB
Henrique Eduardo Lira Alves (ex-deputado pelo Rio Grande do Norte e ex-presidente da Câmara)
Alexandre José dos Santos (ex-deputado pelo Rio de Janeiro)

PT
Delcídio do Amaral (senador por Mato Grosso do Sul)

Políticos que tiveram processos remetidos a outros tribunais, onde poderão ser investigados:

PT
Antônio Palocci (ex-ministro)
Cândido Vacarezza (ex-deputado por São Paulo)

PP
João Pizzolatti (ex-deputado por Santa Catarina)
Pedro Corrêa (ex-deputado por Pernambuco)
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro (deputado pela Paraíba e ex-ministro)
Ciro Nogueira Lima Filho (senador pelo Piauí)


O critério definido por Janot para a investigação foi a citação dos políticos nas delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiroAlberto Youssef, que revelaram à Justiça como funcionou o desvio bilionário na estatal. Nos casos em que não há indícios de crime, o procurador-geral pediu o arquivamento – Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves estão fora. Agora, os promotores e a Polícia Federal poderão iniciar uma nova etapa nas investigações.

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