sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Professores da UFSM entram em greve a partir de terça-feira

Professores da UFSM entram em greve a partir de terça-feira Gabriel Haesbaert/Especial


Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira, os docentes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram a greve da categoria a partir de terça-feira.


Já chegam a 15 prédios ocupados na UFSM

A decisão pela antecipação da mobilização, anteriormente marcada para começar na sexta-feira, contou com a participação de 260 professores na plenária.

Centro de Educação Física e Desporto da UFSM é ocupado

De acordo com o presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFSM, Julio Quevedo, a greve é por tempo indeterminado até que a Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 55, que prevê o congelamento dos gastos públicos em saúde e em educação por 20 anos, seja retirado da votação no Senado.

– Já entregamos o documento à reitoria e devemos intensificar as atividades a partir de segunda-feira. Essa não é uma greve por salários, é uma greve por direitos, de luta em defesa pela educação, pela saúde e contra a reforma da previdência – afirmou Quevedo.

Na sexta-feira, um ato público está previsto para acontecer, mas a programação ainda não foi divulgada.

Movimento contra a PEC 55 ganha força

A decisão dos docentes, soma-se, agora, à mobilização dos técnico-administrativos em Educação, em greve desde 3 de novembro, e dos estudantes da UFSM, que ocupam, até esta sexta-feira, 15 prédios na instituição desde o dia 8.

As três mobilizações são contrárias à PEC 55, à Reforma do Ensino Médio e à reforma da Previdência Social, além da PLC 54, que renegocia dívidas dos estados.

UFRGS e Furg também entraram em greve

Na quinta-feira, os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) decidiram, em assembleia, paralisar as atividades por tempo determinado. O protesto também é pela retirada da PEC do teto dos gastos públicos, e da medida provisória (MP) 746, que institui a reforma do Ensino Médio.

A greve terá início na terça-feira, após cumprimento de 72 horas de intervalo determinadas pela legislação. O prazo para que chegue ao fim é 13 de dezembro, data até a qual deve ter ocorrido a votação da PEC, mas o movimento pode ser reavaliado.

Nesta sexta-feira, foi o primeiro dia de paralisação dos professores da Universidade Federal de Rio Grande (Furg). Aproximadamente 800 professores aderiram à paralisação, mas a programação da greve ainda não foi divulgada pela categoria.

Antes de decidirem em assembleia que iriam entrar em greve, os professores já haviam demonstrado apoio ao movimento de funcionários técnico-administrativos da universidade, que já estão paralisados há quase um mês. A paralisação, tanto dos professores quanto dos funcionários, é um protesto contra a PEC-55.

Fonte: Diário de Santa Maria

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