A série de cortes de
despesas anunciada pelo governo atingiu a área da Segurança Pública. No
final da tarde de ontem, a Secretaria
da Fazenda, por meio de sua
assessoria de imprensa, confirmou que a Brigada Militar terá uma redução de 40% no
total de horas extras dos PMs. Com defasagem de pelo menos 16 mil servidores, a
Brigada vinha concedendo a policiais militares a possibilidade de trabalhar até
42 horas a mais por mês. Com a nova medida, é praticamente inevitável não haver
redução de PMs nas ruas.
— Com certeza, o prejuízo da população será muito grande. A maioria dos policiais faz horas extras, eu diria que uns 80%. Se cortarem, vai ficar muito visível nas ruas — analisa o presidente da Associação dos Cabos e Soldados, a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho da Brigada Militar (Abamf), Leonel Lucas.
O corte nas horas extras, porém, foi confirmado no final da
tarde de ontem, após uma reunião entre o secretário da Fazenda, Giovani Feltes,
e o titular da Secretaria da Segurança Pública, Wantuir Jacini. No encontro,
estiveram também o chefe da Polícia, Guilherme Wondracek, e o comandante da
Brigada Militar, coronel Alfeu Freitas. A ideia é enxugar o máximo possível o
caixa do governo, nem que para isso tenha de ser atingida uma área considerada
prioritária e prejudicar a já combalida Brigada Militar.
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