Com
um corte de R$ 9,4 milhões em seu orçamento, o Ministério da Educação começa a
mexer em alguns de seus principais programas. Uma das vitrines de campanha da
presidente Dilma Rousseff, o Pronatec terá este ano um milhão de vagas, um
terço do que foi oferecido em 2014, no primeiro decréscimo no programa desde a
sua criação. O número foi apresentado pelo ministro Renato Janine Ribeiro
durante audiência pública nesta quarta-feira na Câmara dos Deputados.
Janine
também confirmou que o governo estuda um aumento nos juros do Financiamento
Estudantil, mas não confirmou se o valor subirá para 6,5%. "O Pronatec vai
ter este ano um milhão de vagas mesmo com os cortes. Estamos administrando isso
com o cuidado, com o carinho de evitar maiores prejuízos. Na última semana,
liberamos mais de R$ 270 milhões para as entidades afiliadas ao Pronatec. Se
houve atraso, não foi absolutamente por vontade, foi por falta de
recursos", disse o ministro ao responder uma das perguntas durante a
audiência.
Em
2014, o Pronatec, que oferece qualificação profissional de nível médio e básico
em associação com universidades e o Sistema S, teve 3 milhões de bolsas. Era um
dos principais motes da campanha presidencial de Dilma Rousseff - que chegou a
indicar o programa para uma economista desempregada que perguntou a ela,
durante debate, o que deveria fazer para encontrar um novo emprego. No ano
passado, foi atingida a meta de 8 milhões de vagas e o governo determinou uma
nova meta, de 12 milhões até 2018.
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