Com
a posição do Tribunal de Contas da União (TCU) para que o Congresso rejeite em
definitivo as contas de 2014 do governo Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto
vê crescer a ameaça de abertura de um processo de impeachment.
Em
decisão unânime, TCU recomenda rejeição das contas de Dilma
O
clima de apreensão é reforçado pela decisão do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), que deu andamento em uma ação para impugnar a chapa Dilma
Rousseff-Michel Temer. O processo, capaz de se arrastar por mais de um ano no
Judiciário, e a rejeição do TCU — que aponta que Dilma desrespeitou a Lei de
Responsabilidade Fiscal, a Lei Orçamentária e a Constituição — ampliam o
desgaste do governo.
Rosane
de Oliveira: Dilma sofre sequência de derrotas no mesmo dia
O
Planalto teme que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reaja às
acusações de que tem contas na Suíça acelerando a manobra para afastar Dilma. A
oposição discute não esperar a posição final do Congresso sobre as contas. A
rejeição do TCU amplia a pressão a favor do pedido de impeachment dos juristas
Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior.
Como
funciona o processo de impeachment
Cunha
deve arquivar em até duas semanas o pedido de Bicudo e Reale, conforme indicou
a área técnica da Câmara por falta de provas, abrindo espaço para um recurso em
plenário. A oposição calcula ter 280 votos, suficientes para criar a comissão
especial que vai elaborar o parecer sobre o caso. A meta seguinte é atrair
indecisos em diferentes partidos, como PRB, PSD, PP e PMDB, para fechar os 342
votos necessários para abrir o processo de impedimento.
Dilma
vê "luz no fim do túnel", mas espera "compromisso" do
Congresso
O
Planalto, que contava com a reforma ministerial para reconstruir a base, entrou
em alerta com os fiascos nas tentativas de votar os vetos presidenciais por
falta de quórum. Ministros de siglas da base aliada foram escalados para tentar
enquadrar sua bancadas. Em outra ponte, a Advocacia-Geral da União (AGU) estuda
meios jurídicos de barrar um eventual afastamento de Dilma
Nenhum comentário:
Postar um comentário