Na
última semana, veio à tona a informação de que o juiz Sérgio Moro enviou ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro, documentos relacionados à
Operação Lava Jato a fim de subsidiar o processo na corte que investiga se
dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu o caixa eleitoral da presidente
Dilma Rousseff. É crime, se comprovada tal suspeita. E motivo suficiente para a
cassação da chapa Dilma-Temer.
Num
ofício de três páginas, Moro destacou que, em uma de suas sentenças, ficou
comprovado o repasse de propinas por meio de doações eleitorais registradas, o
chamado caixa oficial. E apontou o caminho que o TSE deve trilhar para atestar
o esquema, qual seja: ouvir os principais delatores.
O
que dá força e materialidade às assertivas de Moro são dez ações penais, anexas
ao ofício enviado ao TSE, às quais ISTOÉ teve acesso.
O
calhamaço, com 1.971 páginas, reúne depoimentos, notas fiscais, recibos
eleitorais e transferências bancárias. A documentação reforça que as propinas
do Petrolão irrigaram a campanha de Dilma e que o dinheiro foi lavado na bacia
das doações eleitorais oficiais. De acordo com as provas encaminhadas por Moro,
a prática, adotada desde 2008, serviu para abastecer as campanhas de Dilma em
2010 e 2014.
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