Um relatório de análise da Procuradoria Geral da República sobre as contas na Suíça do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu os principais documentos compartilhados por autoridades estrangeiras que comprovam para a força-tarefa da Operação Lava Jato que o dinheiro que circulou nelas pertence ao parlamentar e sustentou uma rotina de luxo e ostentação em viagens a Paris, Roma, Espanha, Dubai e Miami.
Relatório de
Análise 113/2015 da Secretaria de Pesquisa e Análise da PGR foi anexado ao
processo criminal aberto nesta quinta-feira, pelo juiz federal Sérgio Moro -
dos processos da Lava Jato, em Curitiba - contra a mulher de Cunha, a
jornalista Cláudia Cruz. O documento faz parte dos casos em trâmite no Supremo
Tribunal Federal (STF), que tem o deputado como alvo - por ter foro privilegiado,
sua parte nas acusações foi separada da mulher.
O documento
reúne os extratos, que mostram os gastos de luxo em lojas de grifes,
restaurante badalados e hotéis de luxo do casal Cunha, em viagens feitas entre
2012 e 2014. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aponta que essa
vida de luxo era sustentada com dinheiro público - desviado no esquema de
cartel e corrupção montado na Petrobras.
Gastos altos
em lojas de luxo
Os registros de gastos de Cláudia Cruz, que virou réu
em processo aberto por Moro, mostram os gastos de 7,7 mil euros na loja da
Chanel, em Paris, em janeiro de 2014, de US$ 4,4 mil na Prada, em Roma, de US$
2,2 mil na Victoria's Secrets, de Miami, entre outros. Na denúncia que entregou
à Justiça Federal, a Procuradoria da República sustenta que a mulher de Cunha
usou propina paga ao marido no esquema de corrupção da Petrobras para cobrir
elevadas despesas com luxos comprados no exterior
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