Cientistas
que estudam terremotos no Japão afirmaram na quinta-feira que detectaram pela
primeira vez um raro e profundo tremor de terra, e rastrearam sua localização
até uma tempestade oceânica distante e poderosa.
As
descobertas, publicadas na revista científica americana Science, podem ajudar
os especialistas a saberem mais sobre a estrutura interna da Terra e melhorar a
detecção de terremotos e tempestades oceânicas.
A
tempestade detectada no Atlântico Norte é conhecida como "bomba
climática", uma tempestade pequena mas potente que ganha força à medida
que a pressão aumenta.
Grupos
de ondas bateram com força no fundo do oceano durante a tempestade, que ocorreu
entre a Groenlândia e a Islândia.
Usando
equipamentos sísmicos em terra e no fundo do mar, que normalmente captam a
crosta terrestre se desintegrando durante os terremotos, os pesquisadores
descobriram algo que não tinham detectado antes: um tremor conhecido como
microssismo onda S.
Microssismos
são tremores muito fracos.
Outro
tipo de tremores, conhecidos como ondas P, ou microssismos em ondas primárias,
podem ser detectados durante grandes furacões.
As ondas P se movem
rápido, e os animais muitas vezes podem senti-las pouco antes de um terremoto.
As ondas S, ou ondas
secundárias, são mais lentas, e se movem apenas através de rochas. Os humanos
as sentem durante os terremotos.
Utilizando mais de 200 estações
operadas pelo Instituto Nacional de Pesquisa da Ciência da Terra e Prevenção de
Desastres, no distrito japonês de Chugoku, os pesquisadores Kiwamu Nishida e
Ryota Takagi "detectaram com sucesso microssismos desencadeados por uma
tempestade intensa e distante no Atlântico Norte, conhecida como bomba
climática, mas também microssismos de onda S", segundo o estudo
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