Com
o fim dos Jogos Olímpicos, o Brasil encerra um capítulo de sua história no qual
mostrou ao mundo que é capaz de organizar os maiores eventos esportivos do
planeta. Mas o enorme esforço valeu a pena? A esperança deu lugar a um sabor
agridoce com as grandes manifestações de rua de 2013 contra a corrupção e com
os gastos da Copa do Mundo de Futebol de 2014, que poderiam ter sido empregados
em saúde, educação e transporte público, de péssima qualidade.
E
a tempestade perfeita, que aumentou desde então, desabou plenamente sobre o
Brasil em 2016, em plena preparação para os Jogos, sob os holofotes do mundo
inteiro: crise política e recessão econômica históricas, desemprego recorde e
um colossal escândalo de corrupção em sua empresa estatal mais prestigiosa, a Petrobras.
A
cortina caiu. O que resta para o Rio de Janeiro, para o país inteiro? "O
maior legado dos Jogos foi a festa para o povo carioca, que jamais se esquecerá
destes dias", declarou um dos maiores analistas esportivos do Brasil, Juca
Kfouri. Mas "a conta a pagar será altíssima", lamentou.
"Espero
que tenha servido também para educar um pouco a torcida brasileira, mas
acredito que não", acrescentou em referência ao hábito de seus
compatriotas de assobiar e vaiar atletas estrangeiros em plena competição ou no
momento de cantar seu hino nacional ou receber medalhas, como se fosse no
futebol.
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