Brasília (DF) – O
ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes afirmou nesse
sábado (18) que a presidente Dilma Rousseff pode ser responsabilizada pelas
manobras fiscais feitas pelo governo para arrumar suas contas no ano passado,
conhecidas como “pedaladas” fiscais. As informações são da reportagem deste
domingo (19) do jornal O Globo.
De acordo com o
ministro, que participou do 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia, caso o governo
entre com recursos contra o relatório do TCU, eles terão caráter protelatório,
apenas para retardar o julgamento pelo colegiado.
“Existem várias
situações de ilegalidade em relação às pedaladas. Já no ano passado havíamos
encontrado uma situação muito crítica pelo fato de o Ministério da Fazenda não
ter contabilizado algumas operações. E agora constatamos que houve uma série de
empréstimos feitos pela Caixa Econômica Federal e outras instituições que somam
mais de R$ 40 bilhões sem uma sustentação legal”, declarou.
Segundo o ministro, não
haverá prorrogação do prazo para ouvir as explicações de 17 autoridades
envolvidas no caso.
“[Os embargos] fazem
parte do jogo democrático e portanto nós vamos analisar os recursos. Mas vamos
fazer todo o possível e, por isso, demos 30 dias de prazo improrrogáveis”,
disse.
Com as manobras, o
Tesouro segurou repasses de R$ 40 bilhões devidos a bancos públicos que
executam programas como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida e pagam
benefícios sociais como o seguro-desemprego.
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