sábado, 9 de maio de 2015

"CONSULTORIA" DE PALOCCI RECEBEU R$ 20,5 MILHÕES NO ANO EM QUE FOI COORDENADOR DA CAMPANHA DE DILMA

 A revista VEJA que já está circulando, teve acesso à lista de todos os clientes que contrataram consultoria do ex-ministro da Fazenda. A maior parte da receita caiu no ano em que Palocci, PT, foi escolhido coordenador da campanha de Dilma. 73 empresas estão na lista de "consultoria" de Palocci. Ele recebeu R$ 36 milhões só no ano de 2010, quando foi coordenador da campanha de Dilma.

É o que revela reportagem assinada por Rodrigo Rangel e Hugo Marques. Ao lado, lista dos maiores clientes e valores pagos.

O ex-ministro Antonio Palocci virou alvo das investigações da Operação Lava-Jato após o delator Paulo Roberto Costa declarar às autoridades que em 2010 foi procurado pelo petista para providenciar 2 milhões de reais para o comitê da então candidata Dilma Rousseff. O dinheiro, segundo ele, sairia dos do esquema de corrupção da Petrobras. O inquérito contra Palocci corre na Justiça Federal do Paraná, sob o comando do juiz Sergio Moro.

Em Brasília o ex-ministro é investigado pelas consultorias milionárias prestadas após deixar a cadeira de ministro da Fazenda no governo Lula.

As duas investigações tendem a se cruzar.

VEJA teve acesso à lista de todos os clientes que contrataram a Projeto Consultoria desde que ela foi fundada, em 2006. São 73 empresas. Há de tudo um pouco: bancos, empresas da área médica, shoppings, escritórios de advocacia, usina de açúcar, empresas do ramo imobiliário, financeiras. Até uma associação de estilistas figura entre os pagadores. Ao todo, eles renderam ao ex-ministro 36,5 milhões de reais.


Um desses pagamentos merece atenção redobrada. Entre 2008 e 2010, Palocci recebeu 2 milhões de reais da Unipar e da Carbocloro, empresas do ramo petroquímico que hoje formam uma só empresa e que, àquela altura, tinham interesses importantes na Petrobras. Em depoimento prestado à Justiça, o doleiro Alberto Youssef revelou que a Unipar pagou 18 milhões de reais em propina ao esquema de corrupção que operava na estatal em troca de vantagens. Um e-mail ao qual VEJA teve acesso mostra que, em 2007, a petroquímica encontrava dificuldades em levar seus negócios à frente - e pedia ajuda à então ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rouseff, que também acumulava o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

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