sábado, 4 de junho de 2016

Delator diz que pagou propina de R$ 70 Milhões a Calheiros, Jucá e Sarney

Calheiros indicou Machado para a presidência da Transpetro em 2003 | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr / CP


O ex-senador Sérgio Machado disse, em depoimentos da delação premiada, que arrecadou e pagou mais de R$ 70 milhões desviados da Transpetro para o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o senador Romero Jucá (RR), o ex-presidente da República José Sarney (AP), entre outros líderes do PMDB. Segundo Machado, a soma mais expressiva, R$ 30 milhões, foi destinada a Calheiros, principal responsável pela indicação de Machado para a subsidiária da Petrobras e maior empresa de transporte de combustível do país.


Calheiros indicou Machado para a presidência da Transpetro em 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula, e manteve o apoio para a permanência dele no cargo até o ano passado, mesmo depois de ter sido acusado por Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, de receber propina. Sarney também recebeu uma soma significativa, conforme a contabilidade do ex-presidente da Transpetro. Machado disse que repassou cerca de R$ 20 milhões para o ex-senador durante o período que esteve à frente da estatal.

Jucá, que ficou uma semana como ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, foi destinatário de quantia similar à de Sarney, cerca de R$ 20 milhões. Machado também disse que abasteceu contas dos senadores do PMDB Edison Lobão (MA) e Jáder Barbalho.

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