sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Hospitais tentam evitar o corte de 30% em repasses




Ao mesmo tempo em que  aguarda, há uma semana, resposta a pedido de audiência com a Secretaria da Fazenda do Estado e com o governador José Ivo Sartori, a Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos se mobiliza para tentar evitar cortes de 30% em repasses de recursos ao setor para este ano e ainda buscar valores devidos do ano passado. A entidade fará assembleia no dia 27, inclusive com a presença de secretários municipais de saúde e, na véspera, participa de reunião da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) com outras entidades da saúde na capital, também para discutir o assunto.
Ontem, a Secretaria da Saúde do Estado confirmou, por meio de nota (veja abaixo), necessidade de readequação do orçamento de R$ 1,5 bilhão para este ano estabelecido pelo governo anterior para os hospitais. O previsto, segundo a Saúde, são R$ 950 milhões, uma diferença de mais de R$ 500 milhões em relação ao anteriormente contratado, o que representa os 30% de corte. “O planejamento proposto objetiva adequar os valores ao orçamento da pasta, evitando, assim, o desajuste que gerou o atraso nos pagamentos em 2014”, justifica a nota. A secretaria manifestou também que mantém diálogo permanente com a Federação das Santas Casas sobre os recursos para 2015.
O presidente da Federação, Júlio Dornelles de Matos, diz, no entanto, que ainda será preciso entender o que significa essa redução, se os valores estão vinculados diretamente aos hospitais ou a prefeituras.
Até agora houve pelo menos duas reuniões entre as santas casas e hospitais filantrópicos e a Secretaria de Saúde, mas sem acordo sobre recursos. A Saúde tem reiterado que não há previsão de pagamento do saldo devido do ano passado, estimado em R$ 255 milhões. Dos valores deste ano houve pagamento de R$ 81 milhões a municípios, hospitais e outros prestadores de serviços, no último dia 13, correspondentes a janeiro.
Situação no Interior – A Federação das Santas Casas vem alertando que os hospitais podem ter de suspender atendimentos pelo SUS ou já o fizeram, em função da falta de recursos. Conforme Júlio Dornelles, hospitais como o de Ijuí, de Teutônia, Triunfo, Santana do Livramento, Uruguaiana e Passo Fundo enfrentam difícil situação. O presidente da Federação afirma que boa parte dos estabelecimentos está ainda funcionando graças às prefeituras

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