quinta-feira, 9 de abril de 2015

Rombo com notas "frias" na Susepe pode chegar a R$ 11 milhões, aponta Ministério Público

No total, 158 agentes teriam utilizado mais de 700 documentos falsos para a comprovação de diárias em hotéis de Porto Alegre


O Ministério Público Estadual (MPE) investiga 158 agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) pela emissão de mais de 700 notas fiscais "frias" apresentadas ao órgão. Somente em 2014, o prejuízo gerado pela fraude aos cofres públicos chegou a R$ 1,6 milhão. Conforme o promotor de Justiça Especializada Criminal Flávio Duarte, que coordena as investigações da operação Susepe, porém, o rombo pode passar de R$ 11 milhões.
Detalhadas em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, as investigações levadas a cabo pelo MPE indicam que, em suas prestações de contas junto à Susepe, os servidores envolvidos teriam usado pelo menos 769 notas fiscais falsas de hotéis. Os agentes penitenciários envolvidos desempenhavam suas funções na Divisão de Monitoramento Eletrônico.

De acordo com as investigações, os servidores moram em Porto Alegre, mas, para poderem comprovar a necessidade de hospedagem e recebimento de diárias na Capital, estariam lotados formalmente no Interior. O trabalho do MPE tem por base um relatório da Corregedoria-Geral da Susepe.

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