quarta-feira, 5 de novembro de 2014

POLICIA FEDERAL INVESTIGA FRAUDE DE R$ 22 MILHÕES CONTRA A CAIXA

                                                Foto: Polícia Federal



A Polícia Federal investiga uma fraude cujo prejuízo à Caixa Econômica Federal  superou R$ 22 milhões — é a maior apuração da PF relacionada a esse tipo de crime envolvendo a instituição no Rio Grande do Sul. Na manhã desta quarta-feira, a corporação deflagrou a Operação Rolagem, com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão e 13 de condução coercitiva (quando o suspeito é levado à delegacia para prestar depoimento) em Porto Alegre, Canoas, Estância Velha e Novo Hamburgo.

A apuração da PF se iniciou em fevereiro: a Caixa encaminhou informações, após instauração de procedimento para averiguar a conduta de funcionários, já que havia grande número de operações de crédito supostamente fraudulentas contratadas por empresas junto a determinadas unidades da instituição, o que gerou elevada inadimplência. Os policiais federais abriram inquérito para apurar fraudes contra o banco, crime contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF, a organização criminosa utilizou o nome de cerca de 70 empresas para abertura de contas, seguida da contratação de empréstimos com uso de documentação falsa. O esquema teria sido viabilizado com a participação do gerente de uma agência, já afastado. A fraude, segundo a investigação, também contou com um Correspondente Caixa e terceiros, que se apresentavam como procuradores, intermediários ou consultores de empresas de fachada.

Essas empresas tomaram crédito em elevados montantes e efetuavam saques de valores significativos ou remetiam os recursos para contas de pessoas físicas ou de outras empresas inadimplentes, culminando com o encerramento da conta com saldo negativo. Também foi verificado que os grupos envolvidos utilizaram duplicatas simuladas com especificações semelhantes para desconto e obtenção antecipada de crédito, mesmo sem apresentar características de atividade comercial típica.


A PF informa que foram colhidos fortes indícios de que o gerente afastado e o correspondente bancário credenciado à época teriam sido favorecidos com o esquema e que estariam ocultando bens, registrando-os em nome de terceiros ou familiares. Por isso, foram determinadas judicialmente medidas constritivas de arresto e sequestro de bens imóveis e veículos.

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